sábado, 27 de fevereiro de 2010

Um problema para resolver

Como vamos resolver estes problemas?


Depois de verem “Uma história de Gatos” vamos pedir a vossa ajuda:


A Bruxa Maria Feliz, o gato Lucas e o gato Mimoso, querem fazer uma festa e convidar os amigos:


• os ____ gatos da vizinhança e as ___ bruxas boas.


• dos ____ gatos foram-se embora 6 quantos gatos é que ficaram para ir à festa ?


• A bruxa Maria Feliz está a fazer umas meias de lã para oferecer às bruxinhas boas, quantas meias é que ela tem que fazer ?




(as crianças podem fazer a representação/registo pictográfico, icónico, simbólico … usar diagramas, tabelas e gráficos…)

Uma história de gatos

Para os meus meninos, a história e o problema que temos que resolver.

Ver e conversar - Croácia

   Croácia

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O Capuchinho Vermelho

Era uma vez uma menina chamada Capuchinho Vermelho, tinha esse apelido pois adorava andar com a capa vermelha, que a mãe lhe tinha feito.
Um dia, sua mãe pediu:
- Querida, sua avó está doente, por isso preparei aqueles doces, biscoitos, pãezinhos e frutas que estão na cestinha. Você poderia levar à casa dela?
- Claro, mãe. A casa da vovó é bem pertinho!
- Mas, tome muito cuidado. Não converse com estranhos, não diga para onde vai, nem pare para nada. Vá pela estrada do rio, pois ouvi dizer que anda um lobo muito mau na estrada da floresta, devorando quem passa por lá.
- Está bem, eu vou pela estrada do rio, e faço tudo direitinho!
E assim foi. Ou quase, pois a menina foi apanhando flores para a avó, e distraiu-se com as borboletas, saindo do caminho do rio, sem se aperceber.
Cantando e juntando flores, Capuchinho Vermelho nem reparou como o lobo estava perto...
Ela nunca tinha visto um lobo antes, menos ainda um lobo mau. Apanhou um grande susto quando ouviu uma voz forte, muito perto de si.
- Onde vai, linda menina?
- Vou à casa da minha avó, que mora na primeira casa, depois da curva do rio. E você, quem é?
O lobo respondeu:
- Sou um simples animal da floresta, e estou aqui para proteger criancinhas como você.
- Ah! Que bom! Minha mãe disse para não conversar com estranhos, e também disse que um lobo mau anda aqui por perto.
- Não vi Lobo algum - respondeu o lobo.
- Podes seguir tranquila, que eu não deixo que nada de mal te aconteça.
- Muito obrigada, respondeu Capuchinho Vermelho achando aquele animal muito simpático.
Foi então que o Lobo propôs.
Linda menina, vamos fazer uma corrida, até à casa da avozinha?
Sim, parece muito divertido, e podemos chegar mais depressa a casa da minha avó.
Então o Lobo saiu correndo na frente, rindo e pensando:
(Aquela idiota não sabe de nada: Vou jantar a avó e ter a netinha de sobremesa... Uhmmm! Que delícia!)
Quando chegou à casa da avó, Capuchinho bateu na porta:
- Avó, sou eu, Capuchinho Vermelho!
- Pode entrar, minha netinha. Puxa o trinco, que a porta abre.
A menina pensou que a avó estivesse muito doente mesmo, para nem se levantar e abrir a porta. E falando com aquela voz tão estranha...
Chegou até a cama e viu que a avó estava mesmo muito doente. Se não fosse a touquinha da avó, os óculos da avó, a colcha e a cama da vovó, ela pensaria que nem era a avó dela.
- Eu trouxe estas flores e os docinhos que a mamã preparou. Quero que fique boa, e volte a ter sua voz de sempre.
- Obrigada, minha netinha (disse o lobo, disfarçando a voz de trovão).
Capuchinho não se conteve de curiosidade, e perguntou:
- Avó, a senhora está tão diferente: porquê esses olhos tão grandes?
- É para te olhar melhor, minha netinha.
- Mas, avó, porquê esse nariz tão grande?
- É para te cheirar melhor, minha netinha.
- Mas, avó, por que essas mãos tão grandes?
- São para te acariciar melhor, minha netinha.
(Nssa altura, o lobo já não achava graça à brincadeira e queria comer logo a sua sobremesa. Aquela menina não parava de fazer perguntas...)
- Mas, avó, porquê essa boca tão grande?
- Quer mesmo saber? É para te comer!
- Ai! Socorro! É o lobo!
A menina corria e gritava, com o Lobo correndo atrás dela.
Por sorte, um grupo de caçadores ia a passar por ali e ouviram os gritos de Capuchinho.
Ouviu-se um tiro, e o lobo caiu no chão, a um palmo da menina.
Já todos se preparavam para comemorar, quando Capuchinho disse:
- Acho que o lobo devorou a minha avozinha.
- Não se desespere, pequenina. Alguns Lobos desta espécie engolem a comida, sem mastigar. Acho que estou vendo movimento em sua barriga, vamos ver...
Com um enorme faca, o caçador abriu a barriga do Lobo de cima abaixo, e de lá tirou a avó inteirinha.
- Viva! Avó!!
E todos comemoraram a liberdade conquistada, até mesmo a avó, que já não se lembrava que estava doente
O lobo mau tinha morrido e tudo estava em paz na floresta.

História - A gotinha de água

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Jogo para estabelecer a relação número quantidade

A actividade lúdica é uma mais valia na aprendizagem de conceitos matemáticos
Este jogo foi construido por nós e tem como Objectivos permitir:

  • Estabelecer correspondência número quantidade.

  • Identificar algarismos

  • Realizar Operações matemáticas

  • Resolver problemas

  • Promover aprendizagens significativas

  • Proporcionar o prazer lúdico
Jogo
Construindo o Jogo




Terminada a sua construção este foi o resultado




Agora jogamos, descobrimos e aprendemos

Aprender matemática é divertido!

A matemática ao serviço da solidariedade

" A Formação Pessoal e Social é considerada uma área transversal, dado que todas as componentes curriculares deverão contribuir para promover nos alunos atitudes e valores que lhe permitam tornarem-se cidadãos conscientes e solidários, capacitando-os para a resolução dos problemas da vida. Também a educação pré-escolar deve favorecer a formação da criança, tendo em vista a sua plena inserção na sociedade como ser autónomo livre e solidário"
Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar.

Ajudar é preciso

Depois de termos conversado sobre a situação dramática que se vive na Madeira, decidimos que era importante aprender um número de telefone, que se utilizado pode fazer a diferença.
Escrevemos esse número num bilhete ilustrado por nós, e que é um presente para as Famílias.

Nós já colaboramos e você vai faze-lo?

Fantasia, cor e alegria

O nosso Carnaval foi colorido e alegre.
Bruxas, Fadas e Princesas dançaram com Índios e Cowboys.
Policias, Palhaços, Campinos e Piratas  e outros heróis da Banda Desenhada animaram a festa, onde pequenos e graudos se divertiram num verdadeiro ambiente de folia.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

O patinho feio

O patinho feio



A mãe pata tinha escolhido um lugar ideal para fazer seu ninho: um cantinho bem protegido, no meio da folhagem, perto do rio que contornava o velho castelo.
Mais adiante estendiam-se o bosque e um lindo jardim florido.
Naquele lugar sossegado, a pata agora aquecia pacientemente seus ovos. Por fim, após a longa espera, os ovos se abriram um após o outro, e das cascas rompidas surgiram, engraçadinhos e miúdos, os patinhos amarelos que, imediatamente, saltaram do ninho.
Porém um dos ovos ainda não se abrira; era um ovo grande, e a pata pensou que não o chocara o suficiente.
Impaciente, deu umas bicadas no ovo e ele começou a se romper.
No entanto, em vez de um patinho amarelinho saiu uma ave cinzenta e desajeitada. Nem parecia um patinho.
Para ter certeza de que o recém-nascido era um patinho, e não outra ave, a mãe-pata foi com ele até o rio e o obrigou a mergulhar junto com os outros.Quando viu que ele nadava com naturalidade e satisfação, suspirou aliviada. Era só um patinho muito, muito feio.
Tranquilizada, levou sua numerosa família para conhecer os outros animais que viviam nos jardins do castelo.
Todos deram os parabéns à pata: a sua ninhada era realmente bonita. Excepto um. O horroroso e desajeitado das penas cinzentas!
— É grande e sem graça! — Falou o peru.
— Tem um ar abobalhado — comentaram as galinhas.
O porquinho nada disse, mas grunhiu com ar de desaprovação.
Nos dias que se seguiram, as coisas pioraram. Todos os bichos, inclusive os patinhos, perseguiam a criaturinha feia.
A pata, que no princípio defendia aquela sua estranha cria, agora também sentia vergonha e não queria tê-lo em sua companhia.
O pobre patinho crescia só, mal cuidado e desprezado. Sofria. As galinhas o bicavam a todo instante, os perus o perseguiam com ar ameaçador e até a empregada, que diariamente levava comida aos bichos, só pensava em enxotá-lo.
Um dia, desesperado, o patinho feio fugiu. Queria ficar longe de todos que o perseguiam.
Caminhou, caminhou e chegou perto de um grande brejo, onde viviam alguns marrecos. Foi recebido com indiferença: ninguém ligou para ele. Mas não foi maltratado nem ridicularizado; para ele, que até agora só sofrera, isso já era o suficiente.
Infelizmente, a fase tranquila não durou muito. Numa certa madrugada, a quietude do brejo foi interrompida por um tumulto e vários disparos: tinham chegado os caçadores!
Muitos marrequinhos perderam a vida. Por um milagre, o patinho feio conseguiu se salvar, escondendo-se no meio da mata.
Depois disso, o brejo já não oferecia segurança; por isso, assim que cessaram os disparos, o patinho fugiu de lá.
Novamente caminhou, caminhou, procurando um lugar onde não sofresse.
Ao entardecer chegou a uma cabana. A porta estava entreaberta, e ele conseguiu entrar sem ser notado. Lá dentro, cansado e tremendo de frio, se encolheu num cantinho e logo dormiu.
Na cabana morava uma velha, em companhia de um gato, especialista em caçar ratos, e de uma galinha, que todos os dias botava o seu ovinho.
Na manhã seguinte, quando a dona da cabana viu o patinho dormindo no canto, ficou toda contente.
— Talvez seja uma patinha. Se for, cedo ou tarde botará ovos, e eu poderei preparar cremes, pudins e tortas, pois terei mais ovos. Estou com muita sorte!
Mas o tempo passava, e nenhum ovo aparecia. A velha começou a perder a paciência. A galinha e o gato, que desde o começo não viam com bons olhos recém-chegado, foram ficando agressivos e briguentos.
Mais uma vez, o coitadinho preferiu deixar a segurança da cabana e se aventurar pelo mundo.
Caminhou, caminhou e achou um lugar tranquilo perto de uma lagoa, onde parou.
Enquanto durou a boa estação, o verão, as coisas não foram muito mal. O patinho passava boa parte do tempo dentro da água e lá mesmo encontrava alimento suficiente.
Mas chegou o Outono. As folhas começaram a cair, bailando no ar e pousando no chão, formando um grande tapete amarelo. O céu se cobriu de nuvens ameaçadoras e o vento esfriava cada vez mais.
Sozinho, triste e esfomeado, o patinho pensava, preocupado, no inverno que se aproximava.
Num final de tarde, viu surgir entre os arbustos um bando de grandes e lindíssimas aves. Tinham as plumas alvas, as asas grandes e um longo pescoço, delicado e sinuoso: eram cisnes, emigrando na direcção de regiões quentes. Lançando estranhos sons, bateram as asas e levantaram voo, bem alto.
O patinho ficou encantado, olhando a revoada, até que ela desaparecesse no horizonte. Sentiu uma grande tristeza, como se tivesse perdido amigos muito queridos.
Com o coração apertado, lançou-se na lagoa e nadou durante longo tempo. Não conseguia tirar o pensamento daquelas maravilhosas criaturas, graciosas e elegantes.
Foi se sentindo mais feio, mais sozinho e mais infeliz do que nunca.
Naquele ano, o inverno chegou cedo e foi muito rigoroso.
O patinho feio precisava nadar ininterruptamente, para que a água não congelasse em volta de seu corpo, criando uma armadilha mortal. Mas era uma luta contínua e sem esperança.
Um dia, exausto, permaneceu imóvel por tempo suficiente para ficar com as patas presas no gelo.
— Agora morrerei — pensou. — Assim, terá fim todo meu sofrimento.
Fechou os olhos, e o último pensamento que teve antes de cair num sono parecido com a morte foi para as grandes aves brancas.
Na manhã seguinte, bem cedo, um camponês que passava por aqueles lados viu o pobre patinho, já meio morto de frio.
Quebrou o gelo com um pedaço de pau, libertou o pobrezinho e levou-o para sua casa.
Lá o patinho foi alimentado e aquecido, recuperando um pouco de suas forças. Logo que deu sinais de vida, os filhos do camponês se animaram:
— Vamos fazê-lo voar!
— Vamos escondê-lo em algum lugar!
E seguravam o patinho, apertavam-no, esfregavam-no. Os meninos não tinham más intenções; mas o patinho, acostumado a ser maltratado, atormentado e ofendido, se assustou e tentou fugir. Fuga atrapalhada!
Caiu de cabeça num balde cheio de leite e, esperneando para sair, derrubou tudo. A mulher do camponês começou a gritar, e o pobre patinho se assustou ainda mais.
Acabou se enfiando no balde da manteiga, engordurando-se até os olhos e, finalmente se enfiou num saco de farinha, levantando uma poeira sem fim. A cozinha parecia um campo de batalha. Fora de si, a mulher do camponês pegara a vassoura e procurava golpear o patinho. As crianças corriam atrás do coitadinho, divertindo-se muito.
Meio cego pela farinha, molhado de leite e engordurado de manteiga, esbarrando aqui e ali, o pobrezinho por sorte conseguiu afinal encontrar a porta e fugir, escapando da curiosidade das crianças e da fúria da mulher.
Ora esvoaçando, ora se arrastando na neve, ele se afastou da casa do camponês e somente parou quando lhe faltaram as forças.
Nos meses seguintes, o patinho viveu num lago, se abrigando do gelo onde encontrava relva seca. Finalmente, a primavera derrotou o inverno. Lá no alto, voavam muitas aves. Um dia, observando-as, o patinho sentiu um inexplicável e incontrolável desejo de voar.
Abriu as asas, que tinham ficado grandes e robustas, e pairou no ar. Voou. Voou. Voou longamente, até que avistou um imenso jardim repleto de flores e de árvores; do meio das árvores saíram três aves brancas.
O patinho reconheceu as lindas aves que já vira antes, e se sentiu invadir por uma emoção estranha, como se fosse um grande amor por elas.
— Quero me aproximar dessas esplêndidas criaturas — murmurou. — Talvez me humilhem e me matem a bicadas, mas não importa. É melhor morrer perto delas do que continuar vivendo atormentado por todos.
Com um leve toque das asas, abaixou-se até o pequeno lago e pousou tranquilamente na água.
— Podem matar-me, se quiserem — disse, resignado, o infeliz.
E abaixou a cabeça, aguardando a morte. Ao fazer isso, viu a própria imagem reflectida na água, e seu coração entristecido deu um pulo. O que via não era a criatura desengonçada, cinzenta e sem graça de outrora. Enxergava as penas brancas, as grandes asas e um pescoço longo e sinuoso.
Ele era um cisne! Um cisne, como as aves que tanto admirava.
— Bem-vindo entre nós! — Disseram-lhe os três cisnes, curvando os pescoços, em sinal de saudação.
Aquele que num tempo distante tinha sido um patinho feio, humilhado, desprezado e atormentado se sentia agora tão feliz que se perguntava se não era um sonho!
Mas, não! Não estava sonhando. Nadava em companhia de outros, com o coração cheio de felicidade.
Mais tarde, chegaram ao jardim três meninos, para dar comida aos cisnes.
O menorzinho disse, surpreso:
— Tem um cisne novo! E é o mais belo de todos! E correu para chamar os pais.
— É mesmo uma esplêndida criatura! — Disseram os pais.
E jogaram pedacinhos de biscoito e de bolo. Tímido diante de tantos elogios, o cisne escondeu a cabeça em baixo da asa.
Talvez um outro, em seu lugar, tivesse ficado envaidecido. Mas não ele. Seu coração era muito bom, e ele sofrera muito, antes de alcançar a sonhada felicidade.
Hans Christian Andersen




O gato das botas

O gato das botas




O Gato das Botas – Conto Infantil de Charles Perrault contemplado no PNL
Um gato travesso como toda a gataria calçou botas e foi ao rei levar presentes certo dia. Seu dono era bem pobre. Só tinha um belo olhar e um belo porte. Mas o gato de Botas transformou sua vida e sua sorte.


O Gato das Botas
Há muito tempo, um velho moleiro, que tinha trabalhado a vida inteira, chamou seus três filhos e distribuiu entre eles tudo o que possuía. Entregou o moinho ao mais velho, deu o barro para o segundo, e para o terceiro, que era o mais novo, sobrou só o gato.
Quando os três filhos ficaram sozinhos, o mais velho combinou viver e trabalhar junto com o segundo irmão. Ele podia fazer farinha no moinho, e o outro iria vendê-la na cidade, com o burro.
Mas o filho mais novo, que só tinha um gato, era melhor que fosse embora com ele, pois para nada servia.
Ficou muito triste, mas concordou:
— Vocês têm razão. O mais que posso fazer com um gato é comer
uns bifes e usar a pele para um gorro.
Depois fez sua trouxa e pôs-se a caminho, levando o gato. Não sabia para onde ir. Andou durante muito tempo… Quando se cansou sentou-se num tronco caído, para pensar. O gato ouvira a conversa dos irmãos, e, agora que estava sozinho com o dono, falou:
— Meu amo! Poderei ser-lhe mais útil vivo que morto. Arranje-me um par de botas para andar no bosque e um saco. Você vai ver do que eu sou capaz.
O rapaz estranhou o pedido, mas arranjou as botas e o saco para o gato.
— Quero só ver o que um gato pode fazer com isto — pensou.
Assim que recebeu o que pedira, saiu depressa, cantando alegremente:
De hoje em diante meu destino é ao meu dono servir. Hei-de cobri-lo de ouro! Basta de me divertir! Com este saco de pano vou para o bosque distante, Um cérebro que trabalha faz fortuna num instante.
Enquanto caminhava em direcção ao bosque, o gato ia fazendo seus planos. Seria difícil imaginar um gato mais esperto do que aquele. Bem que ele dizia que sua cabeça funcionava! Ele não perdia tempo. Seu dono nunca poderia adivinhar o que ele pretendia fazer…
Chegando ao bosque, o gato pôs no chão o saco bem aberto e dentro jogou uns pedacinhos de pão. Depois, deitou-se ali perto fechou os olhos e fingiu de morto. Dali a pouco uma lebre se aproximou e foi comer o pão. Entrou no saco e… zás! Num piscar de olho o gato puxou os cordões, fechando o saco, colocou-o ao ombro, e correu ao palácio do rei.
— Majestade, venho trazer-vos esta lebre, que meu amo e senhor, Marquês de Carabás, caçou especialmente para vós.
O rei agradeceu o presente e mandou o cozinheiro preparar a lebre para o jantar. Nos dias que se seguiram, o gato tornou a levar ao rei vários presentes do Marquês de Carabás: lebres, codornizes, coelhos, faisões. O gato chegava ao palácio e, fazendo uma grande reverência, entregava ao rei a caça do dia:
— Majestade, Eis aqui duas perdizes, que vos envia meu amo, o Marquês de Carabás!
O rei ficava encantado. Estava cada vez mais curioso para conhecer o Marquês de Carabás, que o presenteava tanto. Os próprios cortesãos perguntavam uns aos outros quem era o tal marquês. E o rei pensava:
— Se é tão bonito quanto é bom caçador, e é tão rico como esplêndido senhor, da minha filha eu lhe darei a mão e o amor!
Um dia o gato soube que o rei ia dar um passeio de carruagem
com a filha. Levou o amo até um lago que ficava perto da estrada
por onde o rei deveria passar, e, quando a carruagem se aproximava, mandou o dono despir-se e entrar na água.
— Mas, que é isso, gato? Você perdeu o juízo?
— Depressa, meu amo, depressa! Faça o que lhe digo, e não se arrependerá!
O rapaz não teve outro jeito senão obedecer. Tirou a roupa e pulou para dentro da água. A carruagem do rei já estava perto, e o gato começou a gritar:
— Socorro! Meu amo está a afogar-se! Socorro, Majestade!
O rei ordenou ao cocheiro que parasse e que seus guardas tirassem o marquês de dentro do rio. O gato agradeceu ao rei e disse:
— O pobre marquês… foi atirado ao rio por dois bandidos… que lhe roubaram…
— A peruca? — Perguntou o rei.
— E também as roupas! — Disse o gato.
O rei ordenou então a um dos seus servos que corresse ao palácio
e trouxesse o traje mais bonito de seu guarda-roupa. O furto da roupa era mais uma invenção do gato. E claro que o Marquês de Carabás não poderia apresentar-se vestido com as roupas pobres de um moleiro…
Quando o servo chegou com o belo traje do rei, o rapaz vestiu-se
e aproximou-se da carruagem. Inclinou-se numa reverência e agradeceu ao rei por tê-lo salvo.
A princesa pediu ao pai que convidasse o Marquês de Carabás para entrar na carruagem e continuar o passeio com eles. O rapaz aceitou o convite, e o rei, vendo que a filha se interessava pelo moço, começou a pensar:
— Um marquês desconhecido! Preciso saber quem ele é, e também se é rico.
Enquanto isso o gato correra na frente e já estava longe. Ao encontrar camponeses trabalhando a terra, o gato ordenou em voz grossa:
— Se alguém perguntar de quem são estas terras, digam que pertence, ao Marquês de Carabás. Se não responderem assim, eu os picarei em pedacinhos e farei salsicha de vocês!
Daí a pouco chegou a carruagem do rei. Os camponeses saudaram-no e ele perguntou de quem eram aquelas terras.
— São do Marquês de Carabás.
O rei olhou admirado para o rapaz, que disse modestamente:
— É apenas um campo que quase não dá lucro… não dá nem para comprar os cartuchos para minha espingarda!
O gato, que não perdia tempo, já estava longe, falando com outros
— Se alguém perguntar de quem é o trigo que vocês estão colhendo, digam que é do Marquês de Carabás. Senão, eu os pico em pedacinhos! Logo apareceu a carruagem e o rei perguntou:
— De quem é este trigo?
— É do Marquês de Carabás.
— Responderam os camponeses.
O rei estava cada vez mais admirado com a riqueza do marquês
e não parava de cumprimentá-lo. O gato, entretanto, continuara a correr e chegara a um castelo. Com a maior cara-de-pau deste mundo, bateu à porta.
— Quem é? — Perguntou o guarda.
— Pode dizer-me de quem é este castelo?
— E de um terrível feiticeiro! — Respondeu o guarda. — É melhor você ir andando, porque hoje ele espera hóspedes para um banquete. O gato insistiu:
— Não posso passar por aqui sem parar para ver seu patrão. Pode anunciar-me: sou o gato do Marquês de Carabás e quero cumprimentá-lo
— Um gato! Que visita estranha! — Disse o feiticeiro, que era muito vaidoso. E mandou-o entrar, pensando que o gato viesse prestar-lhe homenagens.
— Aproxime-se! — Ordenou o feiticeiro ao gato. — Vejamos se consegue me agradar.
— Que bela barba o senhor tem! — Exclamou o gato. — E que barriga tão gorda!
— Bravo, gato! Você sabe fazer elogios. E agora, o que tem para me dizer?
— Ouvi falar que… mas não é possível… não acredito… que o senhor é capaz de se transformar num leão!
— Quem ousou dizer isso? — Perguntou o feiticeiro, ofendido.
— Oh! As más línguas… Mas se o senhor me der uma prova de seu poder…
— Claro. Posso me transformar no que quiser — respondeu o feiticeiro. Um… dois… três! O feiticeiro se transformou num enorme leão. O gato teve tanto medo, que até suas botas tremeram. Mas acalmou-se e disse:
— Muito bem, muito bem! Mas deve ser fácil virar leão. O senhor é grande e o leão também é… Não vejo dificuldade nisso!
— Posso virar qualquer coisa, já disse. Até uma coisinha bem pequena!
— Não é possível — retrucou o gato. — Ainda mais porque agora o senhor já deve estar cansado!
— Sou um feiticeiro, e os feiticeiros não se cansam. Pode escolher qualquer bicho, e me transformarei nele.
O gato, que era muito esperto, pediu ao feiticeiro que virasse um ratinho bem pequeno.
— Isso é fácil — disse o feiticeiro.
— Fique olhando: um, dois e três!
O feiticeiro, grande como era, virou um ratinho. O gato não perdeu tempo: num instante pegou o ratinho e comeu. Livre do feiticeiro, o gato percorreu o castelo, dizendo:
— O feiticeiro morreu. O novo dono do castelo é o Marquês de Carabás. Guardas! Servos! Cozinheiros! Preparem-se para receber o Marquês de Carabás e Sua Majestade, o rei, em pessoa!
— O banquete que o feiticeiro ia oferecer aos amigos será servido ao rei
— Continuou o gato.
— Depressa! A carruagem real se aproxima!
De facto, exactamente naquele momento a carruagem do rei passava pela frente do castelo. O gato correu à estrada e disse:
— Sua Majestade seja bem-vinda ao castelo do Marquês de Carabás.
— Oh! Meu caro marquês, não sabia que o senhor possuía também um castelo!
— Para dizer a verdade, nem eu! — Respondeu o rapaz.
— Tem um lindo castelo! — Disse-lhe o rei — bem construído e belo!
O moço em confusão pensava quieto: — Isso é obra do gato, por certo.
O rei disse no ouvido da princesa: — Que tal o marquês por marido?
— É mais lindo que o nosso — fez a princesa — gosto mais do vosso!
— Aceito com prazer, se ele também quiser!
Disse o marquês na hora:
— Se for por mim a gente casa agora!
— Agora — disse o gato — é hora da ceia, que já está pronta no salão do meio!
Foram todos cear e festejar: o gato, o rei e o novo par.
E assim termina a história desse gato que foi de facto o mais esperto que houve. Gato das Botas que levou sua história a tão bom fim. Feliz de quem tiver um gato assim!


Depois de lida e analisada a história, referenciando os aspectos relacionados com a abordagem à matemática:
- O número de filhos
- Os graus de parentesco
- O número de ladrões
- O par
- Maior e mais pequeno.
Foi pedido ás crianças que fizessem um desenho sobre a história.




No seguimento desta história apresentei às crianças um Puzzle construído por mim.
Este puzzle tem nove peças e permite ser montado a partir da imagem ou fazendo a leitura do verso de cada peça.
O verso do Puzzle pode ser montado seguindo as indicações:
- Da cor
- Das Figuras geométricas
- Do Tamanho
- Identificando Esquerda e Direita
- Identificando linha Superior e Inferior.
Este jogo foi explorado inicialmente com orientações minhas, depois cada criança teve a oportunidade de o explorar individualmente, e em trabalho cooperativo em que uma criança mais crescida ajuda uma mais pequena na montagem da imagem e na descodificação dos códigos do verso.
O resultado foi surpreendente, todos montaram sem dificuldade a face da imagem.
Na montagem do puzzle pelo verso, são as crianças mais crescidas as melhor sucedidas, algumas nem necessitam utilizar todas as informações dadas nas peças.
A organização do trabalho a pares foi uma mais-valia pois as crianças mais crescidas resolveram este desafio utilizando conhecimentos matemáticos, já trabalhados, e foram capazes de transmitir esses conhecimentos aos mais pequenos de forma a permitir que eles também conseguissem descobrir a localização correcta de cada peça.
As crianças descobriram que, utilizando apenas uma peça do puzzle, podiam adivinhar os detalhes da figura, que contam nas peças que devem ser colocadas á sua volta.

Fotografias do jogo e sua exploração

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Aprendendo as cores

Aprendendo as cores com a Operação Matemática - Adição

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Ser Educadora

A Educadora

Mais um mimo da família

Este foi mais um presente para todos nós, da nossa pequena Helena.
Foi realizado em casa com a colaboração da mãe e do Pai
Muito Obrigada

Canções - Música Infantil

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Canções





Recados para Orkut

Muita alegria e diversão neste Carnaval

upload imagens

RecadosOnline - Supere suas expectativas! Confira mais Carnaval!

Tenha um Feliz Dia

Gifs - Flash - Fotos e Videos Para seu Orkut
Gifs, Flash e vídeos para seu Orkut = www.GifsRecados.com.br


Porque os Piolhos incomodam

"Piolhos" Comichão imparável...

Piolho Humano: um devorador de sangue



Motivo de embaraço pessoal, as infestações por piolhos podem parecer inofensivas quando comparadas com um cancro, por exemplo. Mas não é assim tão simples... De facto, são responsáveis por um enorme desconforto e incómodo, podem provocar insónias e a disseminação é rápida e imperdoável.

Os piolhos são parasitas exclusivos do homem deveras conhecidos por viverem, especialmente, em cabeças cujas condições de higiene são um tanto ou quanto duvidosas. Daí que haja muitas vezes um certo embaraço em admitir que se tem piolhos.
Todavia, os piolhos não «atacam» apenas os que se descuidam com a limpeza diária. O simples facto de passarem de cabeça em cabeça (não saltam!) e não adiantar de nada tentar apanhá-los, facilita a sua propagação. Esta acontece com mais frequência e facilidade entre as crianças, nas escolas primárias e jardins de infância. Afinal, é inevitável que os mais pequenos brinquem e encostem a cabeça uns aos outros.

Desconfia-se que a criança possui piolhos quando começa a ter uma comichão acentuada na cabeça. Numa fase inicial, os piolhos instalam-se na zona da nuca e perto do pescoço, causando pequenas feridas. Rapidamente, reproduzem-se e ocupam a cabeça inteira. As fêmeas vivem, em média, 40 dias e põem dez ovos por dia. Vulgarmente conhecidos como lêndeas, estes ovos crescem e alcançam o estado de piolho numa única semana.

Os piolhos têm uma cor castanha acizentada e podem mudar de cor. Além disso, fogem no momento em que são expostos à luz, quando se separa o cabelo. Por isso, pode ser difícil confirmar a existência de piolhos, em especial, se são poucos. Já as lêndeas são mais visíveis, pois, estão coladas ao couro cabeludo, metidas numa espécie de concha, podendo ser detectadas assim que se separa o cabelo.
O fim da propagação Actualmente, existe um arsenal terapêutico que acaba com os piolhos, mas há poucas maneiras de evitar a disseminação.

Melhorar as condições de higiene e evitar que a criança afectada brinque com os seus colegas são duas formas que travam o contágio. Uma é fácil, mas a outra é quase impossível, pois, os miúdos têm hábitos gregários e adoram brincar!
Entretanto, para erradicar o problema, nada como consultar um especialista. Só este saberá quais as melhores loções e insecticidas a aplicar. De salientar que estes produtos são tóxicos e devem ser aplicados com extremo cuidado.
Além de tratar a criança, os pais devem descobrir a origem do contágio, por forma a tentar acabar com a disseminação. Até porque pode dar-se o caso de a criança fazer o tratamento e, pouco tempo depois, sentir nova comichão.

Piolhos com preferências

Existem inúmeros parasitas que se alimentam de sangue alheio, desde os mosquitos até aos insectos totalmente parasitas, como os piolhos. As pulgas, por exemplo, são seres intermédios aos mosquitos e piolhos. Porém, todos eles têm em comum o facto de possuírem uma boca adaptada que permite perfurar a pele, retirar o sangue e, claro, alimentarem-se até à saciedade.
Estão descritas aproximadamente 200 espécies de piolhos. São, pois, parasitas exclusivos da raça humana o piolho da cabeça, o piolho do corpo e o piolho da púbis.

Curiosamente, os piolhos têm preferências... É verdade, existem piolhos característicos da raça negra e outros que «preferem» a raça branca. Não que sejam racistas, mas porque têm de se agarrar aos cabelos para parasitarem. Por exemplo, os piolhos que incomodam os negros estão munidos de garras que se adaptam à forma oval do cabelo encaracolado. Já o cabelo liso, da raça caucasiana, é cilíndrico, pelo que os piolhos têm garras específicas que aderem a este cabelo.

Como resultado, em África, os brancos são menos afectados por estes parasitas e nos países onde predominam as raças brancas os negros são importunados com menos frequência.
Retirado Daqui
Um Relato de Paula Lapa...









Histórias - O Principezinho

Uma leitura para toda a Família

sábado, 13 de fevereiro de 2010

História - O menino que concertou o mundo

Vamos descobrir o que é e onde fica.

Pista:

1 - País da América Central
2 - Tequilha, bebida originária do País
3 - Berço da Cultura Maia




Ver e conversar - México

    México